Minas Marca publica artigo escrito por jornalista da Interface

O jornal Minas Marca publicou, em sua última edição, artigo escrito pela jornalista Gabriela Costa, gerente de Atendimento da Interface, intitulado Redações, assessorias de imprensa e a “Síndrome da Sherazade”. O texto discute a importância das boas histórtias no jornalismo e da parceria entre assessores de imprensa e equipes das redações.

Leia o artigo na íntegra abaixo ou clique aqui para acessar a edição digital do Minas Marca.

 

Redações, assessorias de imprensa e a “Síndrome da Sherazade”

O jornalismo vive na pele a “Síndrome de Sherazade”, aquela mesma, da história clássica das mil e uma noites. No conto, a personagem casou-se com um rei que se unia a uma mulher por dia e a matava à noite para não ser traído. Sherazade, para fugir do destino, conquistou o rei contando boas histórias, o que garantiu a ela o direito de viver. Assim também acontece no jornalismo: ele sobrevive de boas histórias. A ideia para colocá-las no papel vem de acontecimentos da vida cotidiana — os famosos factuais —, das longas reuniões de pauta nas redações, das conversas informais com os colegas jornalistas e, sim, pode sair de dentro das assessorias de imprensa.

Para isso, não adianta conhecer a fundo somente as demandas dos clientes. É preciso que o assessor seja um especialista no perfil editorial de cada veículo que pertence ao seu contexto, uma espécie de editor, que pense com a cabeça da mídiana hora de sugerir pautas. Complexo, desafiador e muito mais trabalhoso que somente produzir releases genéricos e disparar em cópia oculta para o mailing geral. Gastar tempo analisando a melhor maneira de trabalhar na mídia as informações disponibilizadas pelo cliente é eficaz para quem é assessorado, para quem produz a reportagem e, especialmente, para quem consome a informação.

Em uma realidade na qual os jornalistas são cada vez mais exigidos (ter que apurar, produzir, redigir, editar, fotografar e ainda postar nas redes sociais do veículo não é para qualquer um!), as assessorias de imprensa assumem um lugar de extensão das redações. O ideal é que a sugestão de pauta chegue pronta, com contexto, dados complementares, apuração precisa e personagens, quando pertinente. É evidente que isso não tira a responsabilidade e a importância do bom trabalho do repórter de redigir a matéria de acordo com sua orientação editorial e ética. Mas, toda colaboração é bem-vinda!

O conhecimento profundo dos veículos cresce a partir de um relacionamento estreito com os jornalistas e de um hábito cada vez mais raro nas assessorias de imprensa (e na vida!) na era da internet: a leitura diária dos jornais. Todo esse processo faz com que o jornalista que trabalha com assessoria de imprensa construa uma relação de parceria com o jornalista de redação. Afinal, no jornalismo ou em qualquer outra profissão, ideias que se somam produzem resultados muito mais valiosos.

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