18 jul 2022 Entenda porque a Victoria’s Secret reformulou sua marca e se tornou mais inclusiva
A Victoria’s Secret, marca da empresa norte-americana L Brands, é um grande nome da moda feminina mundial, focada em roupas íntimas e produtos de beleza. Recentemente, passou por um momento polêmico e precisou reformular a sua imagem, adotando um novo discurso e estratégias.
Devido à falta de inclusão e representatividade feminina, muitos começaram a criticar a marca e pressioná-la diante o novo cenário em que estamos inseridos. Dessa forma, dia 28 de junho desse ano, a Victoria’s Secret publicou em suas redes sociais um vídeo que retrata essa nova fase:
Think you know us? Meet the new Victoria’s Secret. Learn More: https://t.co/hj5iIw7EcN pic.twitter.com/46FvPwTFQ2
— Victoria's Secret (@VictoriasSecret) June 28, 2022
Continue lendo para saber o porquê a marca decidiu reformular seu branding!
Entenda a polêmica
Fundada em 1977 por Roy Raymond, a marca de lingerie Victoria’s Secret se tornou mundialmente conhecida, principalmente por causa do seu desfile de moda anual Victoria’s Secret Fashion Show que durou mais de 20 anos.
Além dos lançamentos das lingeries, continha diversas performances de artistas internacionais e grandes nomes de modelos do mundo todo, como as brasileiras Gisele Bündchen, Adriana Lima e Alessandra Ambrósio; a norte-americana Naomi Campbell; a sul-africana Candice Swanepoel e muitas outras.
No entanto, elas se igualavam em uma questão: todas pertenciam a um padrão de beleza que, há alguns anos, vem sendo questionado e repreendido pela sociedade. A maioria das modelos, conhecidas como Angels, eram altas e magras, sem qualquer tipo de representatividade de outros tipos de corpos, como mulheres acima do peso ou com alguma deficiência.
Esse debate fez com que a marca começasse a perder vendas, parcerias e reputação. Por isso, o desfile foi cancelado em 2018 e até então não há previsão de volta. Mas não era somente o show que não continha essa representatividade, os manequins das lojas e modelos das lingeries também não eram adeptos a todos os tipos de corpos.
O que vai mudar a partir de agora?
Assim, eles tiveram que inovar no marketing e fazer um rebrand, que é quando uma empresa decide alterar toda a sua estratégia de marca e formar uma nova identidade, com propósitos diferentes. E por causa da pressão dos consumidores, a Victoria’s Secret teve de se adequar.
Em 2020, começou uma começou uma nova campanha chamada VS Collective, com a intenção de celebrar e reforçar o compromisso de acolher e apoiar todas as mulheres, o que fez com que as Angels de antigamente fosse substituídas gradualmente por modelos diversas, de todo o mundo.
As novas modelos que representam a marca são composta tanto por modelos profissionais, quanto não professionais, de todos o tipo de condicionamento físico, idade, tom de pele ou etnia. Alguns exemplos de modelos dessa nova fase da Victoria’s Secrets são Sofia Jirau, a primeira modelo com síndrome de Down, de 24 anos; Valentina Sampaio, a primeira modelo transgênero; e Sylvia Buckler, que aparece grávida nas fotos da campanha.
Além disso, a intenção é ter mais mulheres também nos cargos importantes da equipe, ouvir mais as consumidoras, oferecer novos produtor e abrir espaço para novos mercados.
Porque foi necessário o rebrand?
Atualmente, por grande influência dos movimentos sociais – incluindo o movimento feministas – que ganharam potência nas mídias digitais, muitas marcas viram o aumento de concorrência pela audiência do seu consumidor. Esse momento foi crucial para a virada de chave e investimento em estratégias mais inclusivas, que atinjam um número maior de consumidores.
Entretanto, é preciso ter cuidado ao fazer essa transformação. Cada vez mais, os clientes estão se tornando atentos e preocupados com os posicionamentos das marcas que confiam. Dessa forma, é necessário um planejamento estratégico para destacar a marca de forma positiva e fazer um rebrand de sucesso.
As mudanças na Victoria’s Secrets ainda estão acontecendo, mas já demonstra um grande avanço da marca para as reais necessidades do século XXI, que é abraçar todas as pessoas, sem excluir ninguém.
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