Como a revolução digital está mudando nossa cultura e cada um de nós

Como era o mundo antes do advento da internet? Eu me lembro, assim como todos aqueles que nasceram antes de 1985.

O jornalista canadense Michael Harris lançou este ano o livro The End of Absence, onde apresenta, de uma forma brilhante, as diferenças entre a vida antes e depois da internet.  Ele cita os limites dos canais de comunicação e as poucas formas de entretenimento. Não era melhor ou pior do que o mundo que vivemos hoje. Simplesmente existia.

A grande preocupação de Harris é a ansiedade que temos em relação ao que poderemos estar perdendo se não olharmos/checarmos o nosso e-mail, Facebook, Twitter, LinkedIn e telefone logo que acordamos. A sensação é de que estamos isolados do mundo, sem comunicação, desatualizados.

A tecnologia digital registra números assustadores. Entre outros, destaca-se a expansão do uso da internet em 566%.  Quarenta por cento das pessoas no mundo estão on-line.

O que precisamos ter em mente é que o tempo em que dedicamos ao mundo digital nos tira do convívio com as pessoas que amamos e de outros afazeres da vida. As pessoas estão socializando mais on-line do que “face a face”.

Vivemos em constante alerta, aguardando algum tipo de conexão. Segunda Harris menciona em seu livro, o nosso coração dispara quando recebemos uma mensagem de texto. Corpo e mente vibram quando chega uma mensagem. Acaba sendo uma distração.

O que fazer para amenizar os efeitos da revolução tecnológica?

Tecnologia não é algo maligno. Nós temos que decidir como melhor utilizá-la. Não existe um caminho único para se ter uma vida digital saudável. Precisamos experimentar.

Quem sabe se você decidi não ter acesso a internet durante um fim de semana por mês? Observe o mundo a sua volta sem a interferência, pelo menos na sua vida, da internet.

A partir desta experiência, decida como viver num mundo que é totalmente dominado pelas inovações tecnológicas.

Por Leila Monteiro Lins

Fonte: Aberje

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