15 abr 2019 Eleições e redes sociais: como indicam uma nova tendência de comunicação?
Em outubro de 2018, Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL) foi eleito presidente do Brasil com 55,13% dos votos válidos, contra 44,87% do candidato concorrente, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT).
O mais curioso dessa história é que o presidente eleito tinha apenas 8 segundos de tempo na propaganda eleitoral gratuita no primeiro turno. Em contrapartida, Geraldo Alckmin, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que tinha 5 minutos e 32 minutos de mídia televisiva, foi o quarto colocado na disputa. Seria esse um efeito da relação entre eleições e redes sociais?
É um fato que novas mídias ganharam força, mas como lidar com essa nova realidade? É sobre isso que falaremos nos próximos tópicos. Confira!
A relação entre eleições e redes sociais no pleito de 2018
Quem pensa que a relação entre as eleições e as redes sociais é algo recente, está enganado. Porém, a forma como candidatos e a população lida com elas mudou muito nos últimos anos.
Em 2008, mais de 10 anos atrás, uma figura que também foi muito presente na campanha eleitoral de 2018 já utilizava desse recurso para se comunicar com seus eleitores. Trata-se de Manuela D’ávilla, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que foi candidata a vice na chapa de Fernando Haddad.
Na época deputada federal pelo RS, Manuela utilizava o extinto Orkut para criar comunidades em que trocava informações com a população. Houve polêmica e algumas páginas chegaram a ser tiradas do ar pela justiça, por um suposto entendimento de que causariam favorecimento à candidata em pleitos eleitorais.
Hoje já não funciona dessa forma e praticamente todos os políticos têm perfis nas redes sociais, sem que isso cause estranhamento ou faça que alguém interprete que tal candidato é favorecido por conta disso.
As tendências de comunicação no cenário político
As redes sociais são uma forte tendência da comunicação no cenário político. Isso se justifica pelo fato de esse tipo de canal ter um grande alcance e proporcionar um contato direto com os eleitores.
A interatividade também está presente nas novas mídias e as pessoas podem se relacionar com os políticos, enviando perguntas, fazendo cobranças e tendo voz ativa na comunicação. Em transmissões ao vivo no Facebook ou no YouTube, os candidatos podem se beneficiar abrindo esse espaço, por exemplo.
Porém, nem tudo é positividade no novo cenário da comunicação política. O crescimento da disseminação de fake news em favorecimento de candidatos também foi um tema que marcou o pleito de 2018.
Acusações dessa prática foram feitas pelos dois partidos com votação mais expressiva, o que motivou a ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a discutir o assunto em reunião com os coordenadores das campanhas.
A relevância da assessoria de imprensa nesse cenário
Mais do que nunca a assessoria de imprensa tem um papel fundamental e muito estratégico nas campanhas políticas. São esses profissionais os responsáveis por orientar os candidatos sobre como se comportar nas redes sociais, sugerir meios de interação com os eleitores e também esclarecer fake news, diminuindo o impacto que as notícias falsas podem causar para uma candidatura.
Em 2020 teremos novas eleições no Brasil e é por isso que os postulantes aos cargos de prefeito e vereador dos municípios já devem começar a pensar sobre a relação entre eleições e redes sociais, caso queiram fazer uma votação expressiva nas urnas.
E você, o que pensa sobre tudo isso? Deixe um comentário e compartilhe conosco a sua opinião, ela é sempre bem-vinda por aqui!
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