Tendência: circulação digital para os jornais

Muitos especialistas preveem a morte dos jornais impressos. É uma previsão possível, já que vários veículos em diversos países já abandonaram suas versões impressas. A boa notícia no Brasil é que os principais jornais diários continuam com sua audiência e penetração, ampliando seus assinantes na base digital. “A migração do hábito de leitura pode até possibilitar uma ampliação do espaço disponível para a divulgação de notícias, já que o meio digital permite uma gama infinita de espaço, ao contrário da limitação da mídia impressa”, avalia o diretor-presidente da Interface Comunicação, José Renato Lara.

Segundo números do Instituto Verificador de Comunicação (IVC), a circulação digital paga de jornais subiu 27% no ano passado, na comparação com 2014, enquanto a impressa caiu 13%. No início deste ano, o Meio & Mensagem publicou uma matéria sobre o assunto com a divulgação de números das assinaturas de diversos jornais brasileiros, que apontavam que o digital poderia ultrapassar o impresso ainda em 2016.

E o momento chegou. A Folha de S. Paulo é o primeiro a apresentar essa mudança. De acordo com o IVC, a circulação digital (51%) ultrapassou a metade do total do jornal (49%) em agosto. No mesmo mês, a circulação digital de “O Globo” alcançou 48%, enquanto em “O Estado de S. Paulo” ficou em 39% e “Zero Hora” em 36%. Em fevereiro, no O Tempo a diferença era de 16 mil exemplares e a perspectiva de crescimento digital era de 87,1%. No Estado de Minas a diferença era de apenas 400 exemplares.

O IVC considera que cada assinatura digital equivale a uma assinatura do impresso. Outro levantamento do Instituto sobre a audiência dos sites de jornais, de agosto, mostrou que 57% dos acessos se deram por smartphones, enquanto computadores (desktops e notebooks) responderam por 39%.

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